por João Vitor Figueira
O filme Noé ainda nem estreou nos cinemas, mas já está involvido num impasse. O épico dirigido por Darren Aronofsky, indicado ao Oscar por Cisne Negro, será banido de países como Qatar, Bahrein e Emirados Árabes e pode ser censurado também no Egito, Kuwait e Jordânia. A controvérsia se dá por causa de uma lei islâmica que proibe a representação de profetas em qualquer esfera artística.
Ao contrário do que alguns podem imaginar, a figura de Noé não é reverenciada apenas em religiões judaico-cristãs, mas também representa um importante profeta para os muçulmanos, tendo uma sura (capítulo) dedicada a ele no Alcorão, livro sagrado do islamismo.
No Egito, o instuto Al-Azhar divulgou um comunicado condenando o filme: "rejeitamos a exibição de qualquer produção que mostre profetas e mensageiros de Deus". A organização disse ainda que o longa é "contrário à fé e aos fundamentos da Sharia [Lei Islâmica]".
Recentemente, a Paramount anunciou que, para deixar as coisas mais claras, a campanha de marketing de Noé vai destacar que o longa é inspirado na história bíblica e não uma adaptação literal do texto escrito no livro de Gênesis. Ainda em 2013, em sessões-teste, o longa foi reprovado por espectadores de várias religiões.
O longa traz Russell Crowe no papel prinicpal, além de Anthony Hopkins, Emma Watson, Jennifer Connelly, Douglas Booth, Logan Lerman e Ray Winstone.
Noé