por Roberto Cunha, de Cannes
Ele já fez seis curtas, tem passagens por festivais nacionais, internacionais e chegou, enfim, a hora de debutar em Cannes. André Novais Oliveira subiu ao palco na última quarta-feira para apresentar Pouco Mais de Um Mês ao público que encheu a sala de exibição na Quinzena dos Realizadores.
Seis curtas na carreira e agora um deles está em Cannes. Como está sendo a sua primeira vez?
Está sendo ótimo e muito importante porque estou com meus amigos. Essa foi a primeira que eu enviei um trabalho para cá e sempre foi um festival que queria participar como cineasta.
E como você chegou até aqui?
O filme foi selecionado para a Mostra de Tiradentes e a organização do festival convida representantes de outros eventos internacionais. Aí, veio uma pessoa da Quinzena, ela viu o filme, gostou e nós entregamos uma cópia. Quando as inscrições foram abertas, nós nos inscrevemos e aí, mais ou menos um mês depois, chegou uma mensagem oficial dizendo que fomos selecionados.
É a sua primeira experiência internacional?
Não. Meu curta Fantasmas participou do Festival de Santa Maria da Feira, em Portugal, Uppsala International Short Films e outros festivais. No Glasgow Film Festival, o filme saiu de lá com uma Menção Honrosa.
Bem legal isso! E voltando à Cannes, como foi a sensação de subir no palco e falar com aquele montão de gente que estava na sala?
Foi muito boa. Eu já tinha uma boa impressão antes de vir aqui. Porque o clima da quinzena é muito interessante. É um festival onde a curadoria me atrai, tem uma simplicidade, um clima acolhedor.
Qual o origem de "Pouco Mais de Um Mês"?
Eu comecei o meu relacionamento com minha namorada, realmente, há pouco mais de um mês e ela tinha me mostrado a experiência da cortina e as imagens projetadas. Achei legal transformar aquilo em roteiro, mas os personagens são ficcionais, embora os atores sejam nós mesmos.
E o filme já está dentro de algum outro festival nacional ou internacional?
Sim. Ele vai ser visto no Olhar de Cinema Festival Internacional de Curitiba e está inscrito em outros nacionais e internacionais.
Quanto tempo você levou para rodar?
Ele foi rodado em um dia. Do primeiro tratamento do roteiro até o primeiro corte, levamos 20 dias. A versão final por volta dos três meses com a certeza que estávamos dentro de Tiradentes.
E foi bom lá?
O publico gostou, tivemos uma repercussão legal na internet.
Já tem algum projeto novo, um curta ou longa?
Eu vou rodar o primeiro longa agora nos próximos dois meses.
Será o seu primeiro?
Não. Fiz um longa com sete amigos, que foi o Estado de Sítio, rodado com Leo Amaral, Leo Pirata, Flamingo, João Toledo, Samuel Marota, Gabriel Martins e Maurílio Martins. Esses dois últimos estão comigo na Filmes de Plástico, junto com Thiago Macedo Correia.
Se ficou curioso e quer assistir o longa citado pelo cineasta, siga a dica dele e veja no player abaixo:
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