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    Cannes 2013: Curta brasileiro é aplaudido em competição paralela

    Dirigido pelo cineasta Aly Muritiba, Pátio "enfrentou" na tarde deste sábado, os curtas The Opportunist, Pleasure, Breathe Me e Océan. Confira uma panorama das exibições.

    por Roberto Cunha, de Cannes

    Sábado também foi dia de competição na Semana da Crítica, aqui Festival de Cannes 2013, e o Brasil estava devidamente representado. Além dele, outros quatro projetos foram apresentados e bem recebidos. Abaixo, você tem um breve panorama dessa exibição.

    Segundo curta da trilogia do brasileiro Aly Muritiba, Pátio tem 17 minutos de duração e chega com uma proposta bastante ousada ao plantar uma câmera fixa, atrás das grades e diante do pátio de um presídio. Com essa imagem, a história é contada com o auxílio do audio dos presos, em especial um que será libertado. Para o espectador, fica a visão parecida com a que o encarcerado tem do mundo e, indo mais além, daquela que o vigilante tem do detento.

    The Opportunist tem 15 minutos de duração. Centrado no personagem com a característica que dá nome ao curta, sua câmera o acompanha bem de perto. E é assim que você vê o desempenho desse cara marrento, que se mete em várias situações para tirar proveito, entre elas penetrar numa festa, roubar pertences e dinheiro das pessoas. Ritmo bom e influências claras de produções do gênero ultra-violento, porém sem mostrar nada. Fica só na sugestão.

    Em 15 minutos, a diretora sueca Ninja Thyberg provova as mais diversas reações com seu  Pleasure (acima). Relatando um dia de trabalho de uma atriz pornô, disposta a tudo - literalmente - para crescer na carreira, as cenas arrancaram desde risos da plateia até provavéis sensações de desconforto. Destaque para o jeito ousado, "limpo" e ao mesmo tempo divertido de mostrar como as coisas acontecem nos filmes do gênero. Sem contar que os atores envolvidos não atuam na área e deram conta do recado numa boa.

    Dirigido por Han Eun-young e com 20 minutos de duração, o coreano Breathe Me (acima) começa com grande impacto, uma vez que sua cena inicial denota um possível crime. Curiosamente, a trama muda radicalmente, chegando a ganhar contornos de humor (talvez involuntário, pelas questões culturais) para ser concluído como uma triste história envolvendo um casal e seu bebê.

    Com 30 minutos de duração, Océan (acima) foi dirigido pelo francês Emmanuel Laborie, que fez belos registros visuais, com boa textura e boa trilha sonora. Nessa história, um menino faz uma série de descobertas durante as férias ao lado do irmão mais novo e dos pais, que já apresentam sinais de desgaste em sua relação.

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