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    Meryl Streep, Johnny Depp e Justin Bieber contra o bullying e a censura

    Várias personalidades se unem em defesa do documentário "The Bully Project", censurado pelo governo americano.

    por Bruno Carmelo

    Nem sempre o sistema de classificação de filmes é muito lógico. Nos Estados Unidos, para uma obra ser autorizada aos adolescentes a partir de 13 anos, ela pode conter apenas uma vez a temida palavra "f...", enquanto as cenas de violência e sexo podem existir em maior quantidade.

    Por esta razão, o documentário The Bully Project, sobre os atos de violência física ou psicológica entre adolescentes, foi proibido aos menores de 17 anos - ou seja, excluindo a grande maioria do público-alvo da obra. Como o diretor Lee Hirsch recusou cortar os palavrões, dizendo que isso atentaria ao naturalismo do filme, a MPAA não aceitou baixar a classificação. Desde então, o diretor e os produtores têm organizado uma grande batalha midiática, aparecendo em programas de televisão e distribuindo petições, para questionar o funcionamento automático da censura americana.

    Segundo o diretor, "Sem levar em consideração a situação particular do meu filme, eu acho uma pena que o julgamento de valores da MPAA autorize violência explícita, homofobia e agressão contra mulheres. Todas essas coisas são autorizadas aos jovens de 13 anos, e isso não é contestado".

    The Bully Project também recebeu apoios de peso: Meryl Streep anunciou que organizará uma projeção do filme em Nova Iorque, e Johnny Depp propôs sua ajuda. Justin Bieber, o jogador de futebol americano Drew Brees e Gerry Lopez, presidente da AMC Entertainment (segunda maior rede de cinemas nos Estados Unidos) também defendem abertamente a obra.

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