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    "É a coisa mais maluca que já vi": Essa ficção científica demorou 40 anos para ser produzida e está dividindo opiniões
    Diego Souza Carlos
    Apaixonado por cultura pop, latinidades e karê, Diego ama as surpresas de Jordan Peele, Guillermo del Toro e Anna Muylaert. Entusiasta do MCU, se aventura em estudar e falar sobre cinema, TV e games.

    Após estrear no Festival de Cannes, Megalópolis divide críticos da imprensa internacional.

    O projeto mais ambicioso da carreira de Francis Ford Coppola, e talvez a ficção científica mais aguardada do século, Megalópolis teve sua première mundial nesta quinta-feira (16), no Festival de Cannes. Assim que o embargo das críticas caiu, as primeiras impressões apresentam reações mistas ao filme que pode ser, também, o mais divisivo de 2024.

    Inspirado em Daqui a Cem Anos, sci-fi lançado em 1936, a trama acompanha um arquiteto que quer reconstruir a cidade de Nova York como uma utopia após um desastre devastador. Com a presença de Adam Driver, Giancarlo Esposito, Aubrey Plaza, Shia LaBeouf, Dustin Hoffman, Jon Voight, Laurence Fishburne, Talia Shire e Jason Schwartzman, o projeto é descrito como "um épico ambientado nos tempos modernos".

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    Ainda sem previsão de estreia no Brasil, o filme abriu com 30% de aprovação no Rotten Tomatoes, mas enquanto este texto era produzido, já tinha chegado a 57%, com base em 14 críticas. Veículos da imprensa internacional já soltaram suas reviews completas sobre novo filme do diretor de O Poderoso Chefão, a começar por Bilge Ebiri, crítico da Vulture, que definiu a experiência como “a coisa mais louca que já vi”.

    Para o Deadline, Megalópolis "representa um tipo raro de filme de evento que reinventa as possibilidades do cinema a tal ponto que, no meio do caminho, há um artifício muito audacioso que derruba a quarta parede de uma forma que os cineastas mais jovens só podem sonhar". Já para a Vanity Fair, o filme representa um "projeto apaixonante que deu terrivelmente errado" por "sua desatualização" e uma "sensação inescapável de que tudo foi tirado do pó depois de 30 anos e recebeu pouquíssimas atualizações".

    Francis Ford Copolla

    O jornalista da Collider, Chase Hutchinson, afirma que "parece que o filme está indo e voltando na mesma sessão, sem construir nada". Ele ainda brinca sobre as grandes expectativas sobre a narrativa, citando que "a maior revelação é que simplesmente não há muito para ver". Enquanto isso, a crítica da Variety destaca que Megalópolis " é tudo menos preguiçoso e, embora muitas das ideias não deem certo como planejado, esse é o tipo de declaração de final de carreira que os devotos queriam do dissidente, que nunca perdeu a fé no cinema."

    O IndieWire relata que "o épico romano de cair o queixo de Coppola" é "tão pessoal e desprovido de ego quanto você poderia esperar de um autorretrato de 120 milhões de dólares que também funciona como uma fábula sobre a queda da Roma Antiga". O veículo ainda diz que "reúne 85 anos de reverência artística e amor romântico em um manifesto desajeitado, espalhafatoso e transcendentalmente sincero sobre o papel de um artista no fim de um império."

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    Para David Rooney, do The Hollywood Reporter, "Coppola vê Megalópolis como um filme de evento. Dado o que provavelmente será um apelo bastante restrito, isso talvez seja irrealista. Mas se este acabar sendo o canto do cisne do ilustre diretor de 85 anos, pelo menos ele está coroando sua carreira com um florescimento de risco".

    Por fim, o The Guardian descreve o longa como "um filme inchado, chato e desconcertantemente superficial, cheio de verdades de oradores do ensino médio sobre o futuro da humanidade", pois "a intriga paranóica, a violência política e a dinâmica familiar disfuncional são temas que este realizador já abordou de forma mais memorável".

    Megalopolis
    Megalopolis
    Criador(es): Francis Ford Coppola
    Com Adam Driver, Giancarlo Esposito, Nathalie Emmanuel

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