Imperdível, este filme de ficção científica é um clássico dos anos 90 que não merece sua estranha reputação

Quase 30 anos após seu lançamento, este é um bom momento para (re)descobri-lo.

Os anos 1990 são recheados de ótimas ficções científicas, das mais inovadoras, como Matrix, às mais bizarras, como O Ataque dos Vermes Malditos. Na grande seleção de filmes que chegaram aos cinemas durante essa década, A Experiência pode ter passado despercebido por muitas pessoas, apesar de seu icônico pôster sempre estar em evidência nas locadoras de VHS da época.

Embora tenha sua qualidade criticada ao longo dos anos, sua popularidade se deve a diversas cenas consideradas traumáticas por parte da audiência e, também, pelas várias exibições na TV aberta. A história começa com a fuga de uma menina submetida a experimentos científicos.

Criada a partir de DNA extraterrestre, ela se torna uma fugitiva muito procurada. Onde quer que ela vá, as mortes se multiplicam. O homem responsável pela sua criação contrata uma equipe de pesquisadores para localizá-la e detê-la antes que seja tarde demais.

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Sob direção de Roger Donaldson, de Desafiando os Limites e O Pacto, A Experiência não é páreo para obras-primas de ficção científica, mas continua sendo - ironicamente - um bom experimento audiovisual pelo absurdo imaginário criado pela história: do design do monstro feito pelo artista responsável pelo Xenomorfo de Alien, HR Giger, à contratação da super modelo Natasha Henstridge como a heroína Sil.

Na ótica do horror corporal, a união da beleza da atriz com a sombria criatura que se desenvolve ao longo da trama é, no mínimo, interessante. Inclusive, muitas pessoas consideram o longa como um equivalente feminino de A Mosca, de David Cronenberg, embora este último seja superior em vários aspectos. A Experiência oferece muitas cenas marcantes, como a que se passa em uma piscina. Como não falar da evolução da criatura que emerge de seu casulo no vagão de um trem. Uma imagem horrível e impressionante.

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Quase 30 anos após seu lançamento, este thriller de ficção científica envelheceu um pouco, especialmente quando se trata de efeitos digitais. Ainda guarda certo charme para quem tem sede de emoção – desde que evite as continuações.