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    "Não tive coragem": Tarantino tem apenas uma continuação na carreira e há uma razão por trás disso
    Rafael Felizardo
    Rafael Felizardo
    -Redator | Crítico
    Sonhador desde pequeno e apaixonado por cinema de A a Z, encontrou em David Lynch um modo de sonhar acordado.

    Conheça a história por trás da franquia Kill Bill.

    Há algum tempo ouvimos notícias sobre aquele que pode ser o último filme de Quentin Tarantino, obra com a qual ele cumprirá a promessa de se aposentar após dar à luz mais de dez filmes. Apesar da longeva carreira, o diretor conta com apenas uma continuação no currículo e há um motivo para isso.

    Inicialmente, a franquia Kill Bill seria composta por somente um longa-metragem. Tarantino viu no enredo a oportunidade perfeita de fazer uma história épica de vingança, com todas as possíveis influências do cinema que gosta - do oriental às explorações dos anos setenta, passando pela ação e também faroeste. Entretanto, o roteiro do filme ficou imenso e ele, conhecido por não gostar de dirigir sequências, viu que isso seria um problema.

    Conforme citado no livro Quentin Tarantino: The Iconic Filmmaker and His Work, em determinado momento da pré-produção, o roteiro de Kill Bill já contava com 222 páginas, sem previsão para terminar. A partir de então, o cineasta, mesmo a contragosto, decidiu que faria mais sentido dividir a obra em duas partes, surgindo então o projeto de Kill Bill: Volume 2.

    “Não tive coragem de fazer um filme de quatro horas”, explicou. Assim, a Miramax concordou com Quentin e se preparou para futuramente distribuir os dois títulos mundo afora. Pelas mãos do talentoso diretor, a saga de Beatrix Kiddo (Uma Thurman) ganhou duas parcelas com abordagens diferentes - mas complementares.

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    Com uma arrecadação de mais de US$334 milhões de bilheteria total (juntando ambas as obras), contra um investimento de US$60 milhões, hoje, podemos dizer que dividir o projeto em dois capítulos, de fato, foi uma decisão acertada.

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