Ninguém é indiferente ao poder das quatro estações e de seu ciclo anual de nascimento, crescimento e declínio. Nem mesmo os dois monges que compartilham a solidão, em um lago rodeado por montanhas. Assim como as estações, cada aspecto de suas vidas é introduzido com uma intensidade que conduz ambos a uma grande espiritualidade e a tragédia. Eles também estão impossibilitados de escapar da roda da vida, dos desejos, sofrimentos e paixões que cercam cada um de nós. Sobre os olhos atentos do velho monge vemos a experiência da perda da inocência do jovem monge, o despertar para o amor quando uma mulher entra em sua vida, o poder letal do ciúme e da obsessão, o preço do perdão, o esclarecimento das experiências. Assim como as estações vão continuar mudando até o final dos tempos, na indecisão entre o agora e o eterno, a solidão será sempre uma casa para o espírito.
Obra-prima do polêmico sul-coreano Kim Ki-duk. Um filme quase todo sem falas, porém extremamente eloquente e poético. Um garoto, aparentemente órfão, é criado por um mestre budista de preceitos rígidos de suposto desapego egoico. O fracasso pedagógico é sentido na carne por ambos. A estrutura psicanalítica neurótico-obsessiva é descrita à perfeição, ficando claro q "abnegação", "altruísmo" e "filantropia" são impossibilidades ...
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Adriano Côrtes Santos
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4,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2019
O diretor Ki-duk Kim, nos brinda com o melhor filme de 2003. O ciclo da vida, as estações do ano e o amadurecimento de um menino nas fases de aprendizado através das mãos e mente de um monge mais velho. Enquanto o pupilo vai se metamorfoseando de lagarta a borboleta, é ensinado a crescer atravez de todos os sentimentos: amor, luxúria, ciúme, ódio e, eventualmente, raiva. A beleza da fotografia, a simplicidade do enredo são méritos ...
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Ulisses T.
1 seguidor
2 críticas
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5,0
Enviada em 2 de julho de 2013
Este é O Filme. Uma pena que muita gente não conseguirá entender sua profundidade por desconhecer a simbologia e filosofia budista e oriental. Para estes, coisas como a roda de Samsara, o significado dos animais no templo (peixe, galo, cobra e tartaruga que simbolizam o perfil da próxima estação, que é um ciclo na verdade), o significado das Sutras e o próprio conceito imaterial do templo e noções de Karma.
Mas com certeza irá ...
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