A MGM pagou a L. Frank Baum US$ 75 mil pelos direitos de adaptação cinematográfica de seu livro, uma quantia recorde na época.
O Mágico de Oz teve 5 diretores.
Richard Thorpe iniciou as filmagens e rodou por várias semanas até ser demitido pelos produtores, que consideraram seu trabalho insatisfatório. Nenhuma das cenas rodadas por Thorpe foi incluída na versão final do filme.
Ainda em busca de um diretor substituto, os produtores contrataram George Cukor como diretor temporário. Victor Fleming assumiu a direção logo em seguida, mas teve que abandoná-la após ser contratado para dirigir E o Vento Levou....
Após a saída de Fleming, King Vidor foi contratado para rodar as sequências restantes. Vidor basicamente apenas rodou as cenas em preto e branco, situadas em Kansas.
O roteiro de O Mágico de Oz foi escrito tendo em mente o ator W.C. Fields para interpretar o mágico
de Oz, porém o produtor Mervyn LeRoy procurou antes Ed Wynn, que recusou o papel. LeRoy ofereceu
então um salário de US$ 75 mil a Fields, que recusou e pediu US$ 100 mil. Foi a vez então do
produtor recusar a oferta.
Frank Morgan chegou a fazer um teste com uma maquiagem que deixava o Mágico de Oz parecido
com o do livro de L. Frank Baum, mas esta foi descartada. Ocorreram mais 5 testes até se chegar à
caracterização final do personagem.
Inicialmente, a atriz Gale Sondergaard interpretaria a Bruxa Má do Oeste, fazendo uma personagem glamourosa e sedutora como a bruxa má de Branca de Neve e os 7 Anões (1937). Posteriormente os produtores decidiram que a Bruxa Má do Oeste, assim como a grande maioria das bruxas, teria que ser também feia. Foi quando a atriz desistiu da personagem, por não concordar em aparecer feia no filme.
Ray Bolger inicialmente foi escalado para interpretar o Homem de Lata. Após muita insistência do ator, ele conseguiu mudar de papel e interpretar o Espantalho, personagem interpretado por seu ídolo de infância, Fred Stone, em 1902.
Buddy Ebsen, que inicialmente interpretaria o Espantalho, após a mudança pedida por Ray Bolger, iria interpretar o Homem de Lata. Porém, como o alumínio usado na confecção da roupa do personagem era tóxico e gerava uma alergia em Ebsen, este teve que desistir do papel.
No lugar de Buddy Ebsen foi contratado Jack Haley, que usou uma roupa que diminuía a inalação
do alumínio por parte de quem a estivesse usando. Ao ser contratado Haley não sabia do efeito que
a roupa causara em Ebsen, acreditando que este tivesse sido demitido pelo estúdio.
Os produtores chegaram a cogitar a possibilidade de usar um leão de verdade no filme, com sua
voz sendo dublada por um ator contratado.
Cada um dos munchkins que aparecem no filme foi pago US$ 50 por semana, enquanto o dono do cachorro Totó recebeu US$ 125 por semana.
Várias das vozes dos munchkins foram dubladas por cantores profissionais, já que muitos de seus
intérpretes não sabiam cantar ou até mesmo não falavam inglês corretamente. De todos os munchkins apenas dois deles têm a voz real de seus intérpretes ouvida em O Mágico de Oz: aqueles que entregam a Dorothy um buquê de flores, logo após sua chegada a Oz.
A maquiagem usada por Bert Lahr para compôr o Leão o impossibilitava de comer objetos sólidos,
sob o risco dela ser desfeita. Isto fez com que o ator apenas se alimentasse de sopas e milk-shakes
durante boa parte das filmagens.
A atriz Margaret Hamilton, intérprete da Bruxa Má do Oeste, teve que ficar afastada dos sets de
filmagens por mais de um mês, após ter se queimado seriamente ao rodar a cena do desaparecimento
de sua personagem da terra dos munchkins.
A estrada de tijolos amarelos inicialmente seria verde. A mudança de cor aconteceu após uma das
paralisações nas filmagens, quando ficou definido que a cor amarela seria a melhor a ser usada em
um filme feito com Technicolor.
A Bruxa Má do Oeste do filme O Mágico de Oz tem dois olhos, enquanto no livro tem apenas um.
Os cavalos do palácio da Cidade de Esmeraldas foram pintados com cristais Jell-O. As cenas em
que eles aparecem tiveram que ser rodadas rapidamente, para evitar que os cavalos lambessem sua
pele e removessem a tintura.
Inicialmente O Mágico de Oz teria as presenças de Betty Haynes como a Princesa Betty de Oz e Kenny Baker, como seu amante. A dupla chegou a gravar com Judy Garland uma das canções do filme mas, após várias revisões do roteiro, acabaram ficando de fora do longa.
Uma outra versão de "Over the Rainbow" chegou a ser gravada por Judy Garland, quando sua
personagem estava encarcerada no castelo da Bruxa Má do Oeste. Durante sua realização, a atriz
começou a chorar espontaneamente, devido à tristeza da cena. Esta sequência terminou ficando de
fora da edição final de O Mágico de Oz.
O orçamento de O Mágico de Oz foi de US$ 2,7 milhões, sendo que o filme arrecadou US$ 3 milhões em seu primeiro lançamento nos cinemas.
A Warner Bros. foi a responsável pelo relançamento do filme nos cinemas norte-americanos, em 1998.