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Almanaque Virtual
Quem diria que com uma história aparentemente simples sobre mãe imatura, seu filho bipolar e a amizade com vizinha introvertida, ele [Xavier Dolan] conseguiria criar um libelo anárquico sobre a educação, o amadurecimento e as formas de expressão do próprio cinema.
Cinepop
"Mommy" impacta e emociona, questiona e nos faz refletir, é excepcional [...] Obtém êxito tanto no ponto de vista temático, quanto estético, já que as ferramentas cinematográficas utilizadas são muitas, apesar de pontuais.
Papo de Cinema
Os conflitos, a inevitabilidade, a tristeza e a esperança que constituem "Mommy" são moldados pelo talento de Xavier Dolan, cineasta que transforma prosaico em poesia, principalmente ao aproximar sons e imagens. Que grande filme fez esse garoto.
Screen International
As atuações excelentes do trio de atores frequentes de Dolan criam personagem complexos e vívidos, que nos carregam através de uma montanha russa de extremos, entre alegria e dor. [...] Cheio de ternura e compaixão, "Mommy" é o filme mais bem realizado de Dolan até agora.
The Hollywood Reporter
O quinto longa-metragem de Dolan é um grande passo à frente, atingindo seu mais considerável equilíbrio entre estilo e substância, entre sua postura afetada e uma profundidade real e sincera [...] Seu ego aterrisou.
Télérama
A emoção surge com intensidade no primeiro terço do filme, com a melodia de Céline Dion, cantada e dançada pelo trio dentro da cozinha. E ela não se dissipa mais - uma proeza que muitos cineastas mais experientes não conseguem atingir.
Variety
É surpreendente quanto o estilo e os traços autorais de Dolan se desenvolveram em cinco anos, resultando em um trabalho engraçado, comovente e, acima de tudo, original.
Cinemascope
Um dos grandes triunfos da obra é a forma como ela utiliza a música, que vai além da trilha sonora e se mostra parte fundamental do filme. A primeira sequência realmente emocionante do longa acontece ao som de On Ne Change Pas, de Celine Dion.
Cineplayers
É nesse sentido que Dolan encontra uma singeleza pungente: seus floreios estéticos seguem de alguma forma presentes, inclusive na narrativa, e as emoções cruas continuam ditando os relacionamentos entre personagens...
Zero Hora
Não parece haver caminho para [Xavier] Dolan que não seja o de um cinema pessoal – e passional. "Mommy" tem uma fotografia repleta de filtros, às vezes exagerados, porém em sintonia com a energia que os personagens descarregam a cada sequência.
Cineweb
Um exercício técnico, que joga com as cores, músicas (um festival pop que irrompe pela projeção), imagens, sons, perspectivas para quebrar barreiras, fugir de convencionalismos [...]. Uma petulância até aceitável quando se vê o resultado na tela.
Gazeta do Povo
"Mommy" nos sugere aqueles filmes duros de lembrar apesar de ótimos de assistir [...] apesar de faltar estofo reflexivo ao canadense. O fato é que Xavier Dolan, para além dos excessos, esbanja na originalidade e faz de "Mommy" seu trabalho mais completo até aqui.
O Globo
O cineasta tenta estabelecer uma estética própria, com um ritmo acelerado, variação de cores, lances de humor negro e muita música. Às vezes, [...] consegue controlar exatamente cada detalhe do caos, como no caso de “Mommy”, até agora seu melhor trabalho.
The Guardian
Um filme comovente e hilário, que parece ser dolorosamente pessoal, com atuações elevadas a uma escala operística. [...] O filme tem as suas falhas, relacionadas à duração indulgente e à confiança na ideia de um futuro próximo...
A Tarde
Gritado, vivido, intensificado ao máximo em seus dramas existenciais, "Mommy" muitas vezes parece uma novela de televisão brasileira sem os buracos característicos. A trilha sonora se encarrega de fazer a aproximação.
Chronic'art.com
Estragar vidas até elas se transformarem em confete, para depois soprar para parecer mais bonito: este é o protocolo deste cinema voluntarista, barulhento, frequentemente insuportável, mas que atinge de vez em quando um vigor extraordinário.
Chicago Sun-Times
Sua fixação [do diretor Xavier Dolan] em estreitas relações mãe e filho cresce de modo um tanto nauseante, mas, a julgar pelas reações, fui o único a achar a sessão de "Mommy" irritante.
Críticos.Com.Br
O filme é tão sobrecarregado de maneirismos que incomoda não só pelo tema, mas também pelo estilo. [...] Suas deficiências e excessos revelam que Xavier Dolan ainda não amadureceu. Apenas malhou os músculos.
Folha de São Paulo
Dolan filma os embates com muita histeria, mas não pensa duas vezes antes de sobrecarregar a intensidade dos desempenhos, o que converte o resultado em muita histeria.
Omelete
Do enquadramento "artístico" [...], para dar ao filme na marra um senso de claustrofobia e urgência, às atuações "à flor da pele" (Dolan não percebe que se as pessoas são impulsivas o tempo todo isso esvazia o próprio conceito de impulsividade), "Mommy" se faz no artifício.
Critikat.com
Este tipo de estética vende simplesmente uma imagem padronizada da diferença, na qual o sofrimento, as alegrias e as lágrimas são minimizadas a cada instante pela concepção publicitária do belo.