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    Sex Tape - Perdido Na Nuvem
    Críticas AdoroCinema
    2,5
    Regular
    Sex Tape - Perdido Na Nuvem

    Não é sobre sexo (?)

    por Renato Hermsdorff

    Sex Tape: Perdido na Nuvem é a prova do sucesso do formato da maioria das recentes comédias brasileiras que, na última década, são as responsáveis pelas maiores bilheterias do cinema nacional – descontado um ou dois Tropa de Elite. O formato americano, claro, é o copiado. Porém, trocando Cameron Diaz por, digamos, Danielle Winits; e emagrecendo digitalmente Leandro Hassum para viver Jason Segel, dá quase na mesma.

    Os atores americanos são mais carismáticos - e conseguem, até, inserir alguma sutileza nas expressões, quando o roteiro permite - nessa nova produção.

    No filme de Jake Kasdan (que já havia trabalhado com a dupla em Professora sem Classe), um casal sexualmente bem ativo, vivido por Diaz e Segel, depois de anos de relação, embarca no pacote adulto que envolve filhos e maiores compromissos profissionais, e passa a ter menos tempo para praticar a saliência.

    É quando eles decidem esquentar a relação gravando um vídeo erótico que acaba indo parar na "nuvem". Como Jay (Segel) tem por hábito presentear os mais próximos com iPads com um programa que sincroniza determinado conteúdo com todas as máquinas, está armado o cenário para a confusão.

    O maior problema do filme é o monotema, tratado sem originalidade. Se sexo é o motivo, então, vamos inserir situações que orbitam só o sexo, em personagens que só falam sobre sexo. Não é que (só) soe raso (é para ser uma comédia leve), mas fica difícil acreditar nas situações do filme, que deixam uma sensação de déjà vu. E ainda: se não falta clichê, sobra um humor físico sem graça – como a cena em que Jay é atacado por um cachorro.

    Pelo menos no que se refere às piadas, os americanos continuam mais antenados e, como consequência, engraçados. Destaque para os momentos em que os quarentões deslizam nos conhecimentos tecnológicos - que, neste caso, dão munição para a história andar - e para uma citação ao seriado Breaking Bad inteligentemente posicionada.

    Para um filme sobre sexo, a nudez dos personagens é mostrada de maneira direta, sem tabus, o que também é um ponto positivo da produção – o mesmo vale para uma situação envolvendo drigas (cocaína).

    E, no fim, você já sabe, tudo é canalizado para um momento edificante, redirecionado para um contexto moral, para mostrar que, afinal, não é sobre sexo (?)

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