Minha conta
    Os Trapalhões e o Mágico de Oroz
    Média
    3,4
    47 notas
    Você assistiu Os Trapalhões e o Mágico de Oroz ?

    1 Crítica do usuário

    5
    0 crítica
    4
    0 crítica
    3
    1 crítica
    2
    0 crítica
    1
    0 crítica
    0
    0 crítica
    Organizar por
    Críticas mais úteis Críticas mais recentes Por usuários que mais publicaram críticas Por usuários com mais seguidores
    Fernando M.
    Fernando M.

    30 seguidores 51 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 26 de janeiro de 2015
    Um dos inesquecíveis clássicos do quarteto, “Os Trapalhões e o Mágico de Oróz” (1984) é um filme ambicioso, por querer tomar duas frentes. A primeira, de ser paródia do “O Mágico de Oz” (1939). A segunda, de ser uma espécie de crônica/denúncia social da seca no Nordeste.

    O esqueleto narrativo tem inúmeras “quebras”, o enredo parece um tanto quanto descontinuado, caótico, desleixado. O humor ao mesmo tempo chulo, ingênuo e pastelão do quarteto torna justificáveis os diversos recursos fantásticos, circenses e místicos utilizados no longa. O tom fabulesco é predominante, e talvez seja essa a sua maior qualidade.

    Do sertão mistificado à cidade grande idealizada, do vilão monotom ao idealismo cândido dos Trapalhões, o filme inteiro é síntese do que há de melhor e de pior no cinema brasileiro dos anos 1980. E pega de carona alguns elementos utilizados à exaustão pelo comediante Amácio Mazzaropi (1912-1981) nas décadas anteriores, principalmente o “maniqueísmo quadrado”.

    Mas é no final que o humor dos Trapalhões parece fraquejar. A seca parece ser um inimigo muito mais poderoso para ser derrotado com apenas piadas. O fracasso da torneira gigante faz com que o heroísmo dos Trapalhões, imbatível em todos os outros filmes, despenque. E fica no ar uma melancolia sentida, desempenhando um eficaz papel dramático.

    Apelar para a fé, para as palavras ditas em mantra católico popular, faz com que um trêmulo happy end inverossímil – a chuva que cai no sertão e o frevo de alegria que se levanta na cidade –, surja como tábua de salvação. A frase final, além de tornar redundantes as pretensões do filme, torna-o melancólico, triste, tremeluzindo uma lágrima no olhar do espectador e é esse drama de minutos que nos fala mais que uma hora e meia de palhaçadas.
    Quer ver mais críticas?
    • As últimas críticas do AdoroCinema
    • Melhores filmes
    • Melhores filmes de acordo a imprensa
    Back to Top