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    Metallica: Through the Never
    Críticas AdoroCinema
    4,0
    Muito bom
    Metallica: Through the Never

    Não é só para fãs

    por Lucas Salgado

    Quase dez anos após o lançamento do documentário Metallica: Some Kind of Monster, chega aos cinemas outro longa envolvendo a grande banda de rock internacional. O novo Metallica: Through the Never tem como principal mérito o fato de não ser um documentário padrão, na verdade, foge totalmente da ideia de documentar a banda ao investir em uma história ficcional bem curiosa.

    Trip (Dane DeHaan, de Poder Sem Limites) é um jovem roadie do Metallica, trabalhando nos bastidores de shows da banda. Durante uma apresentação, ele é chamado para resolver um problema urgente e é obrigado a deixar o estádio em uma jornada que se revela bem mais complicada do que o previsto.

    O longa tem este lado ficcional, mas também é importante ressaltar que a trama está totalmente atrelada à apresentação do grupo que acontece simultaneamente à jornada de Trip, cujo nome não significa "viagem" por acaso. Ou seja, o Metallica não é apenas pano de fundo para a história.

    Desta forma, é certo dizer que quem não gosta da banda terá problemas em se envolver com a história, afinal as letras e a performance no palco vão refletir diretamente no que acontece do lado de fora. Mas é importante ressaltar que não se trata de um filme para fãs. Se estiver aberto a assistir uma experiência visual ao som de muito rock e com muitos efeitos visuais, você tem tudo para aproveitar.

    Through the Never conta com uma direção de fotografia bem interessante de Gyula Pados. Ele traz a câmera em constante movimento e busca sempre ângulos diferenciados. Neste sentido, destaca-se a cena inicial em que a câmera viaja panoramicamente pela cidade até chegar ao estacionamento do estádio, onde foca sua atenção no primeiro fã a chegar, logo para apresentar o personagem principal. Cabe ressaltar, no entanto, que esta busca pelo ângulo diferente acaba prejudicando um pouco o filme nas cenas de show, como é notório com o excesso de tomadas de cima.

    A banda toca vários de seus clássicos, como "...And Justice for All", "Master of Puppets", "Nothing Else Matters" e "Hit the Lights", e faz o espectador se sentir de fato dentro do show, que por sinal é repleto de pirotecnias e efeitos especiais, também presentes no lado ficcional da obra. 

    O diretor Nimrod Antal demonstra muita segurança nas cenas com o ator, que envolvem muitos efeitos visuais e cenários mirabolantes. Ele não aparenta ter tanta habilidade para as filmagens do show, mas acaba dando certo, uma vez que ele deixa a parte musical para o grupo.

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