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    O Menino e o Mundo
    Média
    4,5
    419 notas
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    90 Críticas do usuário

    5
    64 críticas
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    Hugo D.
    Hugo D.

    1.830 seguidores 318 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 15 de fevereiro de 2016
    O desenho tem o mérito de usar a inteligência no lugar da tecnologia, mostrar situações muito comuns para nós brasileiros de forma lúdica, que devem encantar o resto do mundo. A aquarela de cores deixa um visual muito bonito, mas a falta de diálogos deixa cansativo em alguns momentos, mesmo com a excelente trilha instrumental. Bom filme, mas poderia ser mais curto.
    Carlos A.
    Carlos A.

    10 seguidores 4 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 19 de fevereiro de 2016
    Sou desenhista e gosto de apreciar desenhos feitos por outros artistas, gosto de imaginar a intenção do mesmo ao fazer aquele desenho, o significado que traz e a forma que foi feita. Em O Menino e o Mundo fiquei deslumbrado a cada cena, pois é de encher os olhos! Cenas bem vivas e bem feitas, de forma original, simples e criativa. A estória tem seus momentos de alegria e de melancolia (uma das realidades do nosso mundo) um tanto critica a sociedade que vivemos, destacando a desigualdade social e a influência nas nossas vidas da mídia e o sistema! Um ótimo filme que deve ser visto com atenção, para que toda a mensagem por trás dele seja bem captada. Parabéns Alê Abreu e a todos envolvidos nessa obra de arte!
    F. V. Fraga
    F. V. Fraga

    105 seguidores 64 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 22 de janeiro de 2016
    [[[PARÁGRAFO]]]
    Um filme da qualidade de ‘O Menino e o Mundo’ já era uma conquista para a animação brasileira antes mesmo de ser premiado internacionalmente. Vencer o prêmio principal “Cristal de Melhor Animação” para a crítica e também de “Melhor Animação para o Público”, da 54ª edição do Festival Internacional de Animação Annecy (Festival International du Film d'Animation d'Annecy) 2014, foi sua consagração como uma das melhores produções, do gênero, nos últimos anos. Ser indicado ao Oscar e ser amplamente distribuído nos Estados Unidos, além de ser mais um reconhecimento de competência é o seu triunfo como um produto com grande potencial comercial.
    [[[PARÁGRAFO]]]
    É no mínimo um desperdício, que o mercado de distribuição cinematográfica nacional ignore essa capacidade de bons lucros com a bilheteria deste filme, mesmo após a indicação ao Oscar de Melhor Animação. É provável que ele retorne em muitas salas mais próximo da premiação - ainda mais se ele conseguir a façanha de ganhar - se tornando a “zebra vencedora” do ano, “dark horse” como sugerido pelo site especializado em cinema Indiewire. Ainda assim o descaso na forma como está sendo distribuído no Brasil, antes e depois de suas indicações e vitórias em diversas premiações é espantosa. O mais absurdo é que o filme tenha sido assistido mais em países como a França e EUA, do que no circuito nacional, fazendo com que muitos dos brasileiros só descubram o filme por que foi indicado ao Academy Awards.
    [[[PARÁGRAFO]]]
    Os artistas produtores de animações nacionais vêm dando mostras de uma ânsia de produção cultural de qualidade já há bastante tempo. Produziram o “hippie” ‘Wood & Stock - Sexo, Orégano e Rock'n'Roll’ de 2006, o “criticamente histórico” ‘Uma História de Amor e Fúria’ de 2013 (dirigido por Luiz Bolognesi, também vencedor do Prêmio Annecy em 2013), o gaúcho ‘Até que a Sbornia nos Separe’ de 2014, além dos filmes e séries da “Turma da Mônica”, entre outros. Até com longas-metragens de computação gráfica 3D se aventuraram, como o vanguardista ‘Cassiopeia’ de 1996 e a simpaticíssima continuação de ‘O Grilo Feliz’ de 2001, ‘O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes’ de 2009.
    [[[PARÁGRAFO]]]
    ‘O Menino e o Mundo’ é o segundo longa-metragem de animação do diretor Alê Abreu, que antes havia animado o encantador e didático ‘Garoto Cósmico’, onde já apresentava sinais de sua competência criativa. Conforme declarou em algumas entrevistas, seu segundo longa nasceu da ideia de produzir um documentário animado sobre as ditaduras. Durante o seu trabalho começou a imaginar um menino de traços simples em meio aos cenários que estava concebendo. E como a narrativa foi criada em meio a edição do que já havia feito, ele ganhou este jeito criativo e inovador que situa o menino em diversos contextos históricos-sociais.
    [[[PARÁGRAFO]]]
    Suas pesquisas sobre governos ditatoriais se mesclaram de forma orgânica e crítica com a história do Brasil, da América Latina, as relações familiares e sociais, além de retratar os sentimentos das crianças que descobrem o mundo. Veem-se representações de situações como a dos “retirantes”, que têm que deixar as famílias para ir “ganhar a vida” nas grandes cidades. Viajamos pelas favelas onde esses trabalhadores mais pobres têm que ir morar. Como pano de fundo para tudo isso, temos a repressão do estado, os conflitos bélicos e a industrialização desenfreada, que destroem o meio-ambiente.
    [[[PARÁGRAFO]]]
    Ao mesmo tempo acompanhamos de forma melancólica o garoto saindo em sua aventura de descobrimento, em busca do pai que não retorna para casa. Nos identificamos quando ele encontra a si mesmo adulto, retornando ao local onde morava, exemplificando um ciclo de gerações. No caminho quando ele encontra o pai, o mesmo está mudado, “calejado” pela vida difícil de trabalho pesado. Dessa forma ele vai tomando consciência, assim como nós durante a infância, de que o mundo nem sempre é um local agradável.
    [[[PARÁGRAFO]]]
    Deste modo o filme animado consegue abordar temas sérios como a globalização, a crise econômica, a mudança de valores, o que agrada os adultos mais críticos. Mesmo abordando assuntos socialmente relevantes ele não esquece de divertir com sua explosão de cores e cenários deslumbrantes que atraem as crianças. Seu traço 2D é simples, quase como se fosse feito com um giz de cera, mas seus cenários são complexos, muitas vezes passando a sensação de serem tácteis. Muitas cenas são lúdicas, outras quase psicodélicas, principalmente as que remontam às guerras, dignas das que inovavam no longínquo ano de 1982, no filme ‘The Wall’ do Pink Floyd. O próprio personagem principal, que lembra os desenhos simples de “tracinhos” que fazíamos em nossos cadernos escolares, tem uma vitalidade e personalidade muito cativantes.
    [[[PARÁGRAFO]]]
    E tudo isso é conseguido praticamente sem diálogos, pois os únicos presentes são em uma Língua Portuguesa invertida e ininteligível, dando uma aura de mistério para aquele mundo. Embalado por músicas da Barbatuques, Naná Vasconcelos, Emicida e GEM (Grupo Experimental de Música). Com destaque para a canção tema de Emicida – ‘Aos olhos de uma criança’, que nas palavras do diretor “se encaixou perfeitamente”. Os músicos também participaram da dublagem do filme que traz as vozes de Emicida, Vinicius Garcia, Nana Vasconcelos, Alê Abreu e Melissa Garcia que tiveram a difícil missão de falar “de trás para frente”.
    [[[PARÁGRAFO]]]
    Agora o “tupiniquim” conhecido pelos gringos como ‘Boy & the World’ e na França como ‘Le Garçon et le Monde’ tem a missão de representar o Brasil no Oscar 2016. Sua indicação já é uma vitória e um conforto, já que nosso melhor filme de 2015 ‘Que Horas Ela volta?’, ficou de fora. Todas as animações que concorrem merecem pela sua qualidade técnica e já são vencedoras só de estarem concorrendo, mas como é uma competição, nosso principal concorrente aparentemente é o filme da Pixar ‘Divertida Mente’ (2015).
    [[[PARÁGRAFO]]]
    A animação norte americana produzida pelo braço da Disney teve um orçamente de 200 milhões de dólares, enquanto o brasileiro apenas 2 milhões de reais. É muito provável que como prêmio de uma indústria, o primeiro seja o mais votado pelos membros que pertencem a esse mercado. Entretanto, se o critério fosse realmente “meritocratico” ‘O Menino e o Mundo’ seria merecedor pelo que fez com a restrição de orçamento; e comparado ao principal rival é mais inovador. Ainda que ‘Inside Out’ seja um dos melhores filmes da Pixar é inegável que seus filmes já estão todos um tanto parecidos demais, tanto que antes deste, a empresa criadora da nostálgica franquia “Toy Story” passou por um hiato na sua genialidade criativa nos últimos anos.
    [[[PARÁGRAFO]]]
    Alê Abreu e Luiz Bolognesi já anunciaram que vão produzir suas próximas animações em parceria, por isso, podemos esperar que a cooperação renda bons frutos e que continuemos tendo muitos filmes de qualidade, dentro do gênero, nos próximos anos.
    ClaraFreesky
    ClaraFreesky

    61 seguidores 93 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 15 de fevereiro de 2016
    Indicação ao Oscar mais do que merecida! Este filme é maravilhoso em todos os aspectos. Visualmente ele é uma obra de arte, usando traços simples, rabiscos e colagem, totalmente diferente da usual animação de computador e muito agradável, colorido e divertido aos olhos.
    A história é maravilhosa e realmente dispensa diálogos! Um menininho sai de casa para conhecer o mundo moderno (e seus males); simples, mas cheio de significado! O enredo quebra os paradigmas de animações infantis e faz críticas explícitas à atual sociedade capitalista, que é baseada no comércio e lucro, e despreza a simplicidade de uma vida pacata. Pessoas de todas as idades podem e deveriam ver esta beleza.
    A trilha sonora também é de primeira, com ritmos que se adequam perfeitamente a cada cena do filme.
    Despretensioso, singelo, inovador e uma grande esperança para as futuras animações brasileiras! Lindo filme, arte pura mesmo!
    Aline S.
    Aline S.

    10 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 21 de fevereiro de 2016
    Fantastico!!! vejo a clara representaçao humana com o consumismo, sem distinçao alguma de naçao.
    Esse filme pode ser muito bem comparado com qualquer país que troca a mao de obra por maquinas, desempregando centenas. Nao é uma critica ao avanço, porem as catastrofes climaricas e socias mostram o resultado do consumismo.
    Acredito que o podemos no ver em todos os.personagens do filme. Todos somos o menino, todos somos o pai a procura de trabalho melhor, todos somos a mãe a espera de um mundo melhor!! Chorei o filme todo
    Leandro M.
    Leandro M.

    44 seguidores 79 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 4 de novembro de 2017
    Pelo barulho e vendo as outras críticas deste filme, acho que o problema está comigo, mas não gostei da história. A parte visual é legal, apesar de ser um tanto psicodélica.
    Alan David
    Alan David

    16.634 seguidores 685 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 21 de dezembro de 2014
    Bonito, be feito e mágico, só peca que fica um pouco confuso para uma criança assistir, mas nada que tire o brilho do filme, era para ser a indicação brasileira ao Oscar 2015, vacilaram feio.
    Fernando M.
    Fernando M.

    31 seguidores 51 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 12 de junho de 2016
    Embora tenha se levantado uma torcida enorme, com ares de Copa do Mundo, não tinha como O Menino e o Mundo, belíssima animação de Alê Abreu, levar o Oscar de melhor animação. Não, não tinha como. Seria ironia demais se isso acontecesse. O desenho é uma reação contra a indústria. E nada mais industrial que o Oscar e os desenhos da Disney-Pixar.

    O grande trunfo de Abreu foi ter nadado contra a maré com coragem. Ao contrário das animações realistas da gigante mundial, Alê preferiu os rabiscos bidimensionais, como se fossem traços rápidos em um caderno escolar. Ao contrário da narrativa rápida e louca, ainda que "quadradinha" e convencional, ele optou pela suavidade, pela alegoria, pelo onírico. E, ao contrário de repisar nas teclas surradas de valores como amizade e família, ele optou em pisar em solo político. E longe dos finais açucarados, otimistas e demagógicos das grandes animações, Alê é triste, amargo, crítico e desencantado, pingando realidade nua e crua nas tintas surreais do mundo do menino.

    O Menino e o Mundo é uma incrível história feita sobretudo com traços simples e imediatistas, utilizando recursos praticamente escolares, como giz de cera, lápis de cor e colagens. Os diálogos são praticamente ausentes: são apenas grunhidos ininteligíveis, sugerindo um idioma imaginário.

    As aventuras, sejam elas reais ou imaginárias, do menino em busca do pai retratam a eterna perda da / busca pela infância. Tratando temas duros como repressão policial, violência, pobreza, exclusão social, poluição, exploração, abuso de poder... e o poder redentor da Arte, Alê nos brinda com uma pequena grande obra-prima, íntima e pessoal, simples e tão cheia de significados.

    De se ver e rever.
    Bruno Maschi
    Bruno Maschi

    427 seguidores 215 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 28 de janeiro de 2016
    Uma animação muito bem feita, com uma crítica social muito importante. Deve ser mostrado nas escolas e etc.
    Nelio M.
    Nelio M.

    18 seguidores 82 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 29 de janeiro de 2016
    Um filme que ao longo de todo seu desenvolvimento nos cerca de emoções que de início não compreendemos, onde apenas as respostas serão ditas, sem uma única fala, se encontrando em seu final magnifico.
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