Uma Viagem Extraordinária: Crítica AdoroCinema

Conhecido pelo trabalho em Delicatessen, Eterno Amor, e, especialmente, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, o diretor francês Jean-Pierre Jeunet chega agora aos cinemas com seu filme mais infantil. Ele, no entanto, não deixou de lado características próprias de sua obra, continuando a investir em personagens exóticos e numa narrativa que envolve lirismo e certa melancolia.

Em seu primeiro filme falado em inglês desde Alien - A Ressurreição, de 1997, o cineasta estreia no formato 3D e investe na jornada fantasiosa de T.S. Spivet (Kyle Catlett), um garoto de 12 anos muito inteligente e apaixonado por cartografia. 

Determinado dia, ele recebe a informação que recebeu um importante prêmio científico. Mas não é algo simples: seus pais não sabem que ele se candidatou e nem os realizadores da premiação sabem que o vencedor é uma criança. O menino, então, resolve sair de casa e pegar a estrada a caminha de Washington. 

Spivet surpreende a todos por sua inteligência e humildade. Ele também encanta várias pessoas pelo caminho e descobre um novo universo. O elenco conta ainda com as participações de Helena Bonham Carter, Robert Maillet, Callum Keith Rennie, Judy Davis, Dominique Pinon e Niamh Wilson.

O destaque está mesmo no protagonista Kyle Catlett. Sua interpretação não conta com momentos de brilhantismo, mas o ator possui algo muito importante para um ator mirim: naturalidade. Helena Bonham Carter vive a mãe de Spivet, uma especialista em insetos que despertou a curiosidade científica no filho.

Uma Viagem Extraordinária é um filme sem grandes brilhos, mas que é simpático o bastante para agradar ao público, principalmente as crianças. Baseado no livro  "The Selected Works of T.S. Spivet", de Reif Larsen, o longa conta com roteiro de Guillaume Laurant e Jean-Pierre Jeunet.