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    João e Maria: Caçadores de Bruxas
    Críticas AdoroCinema
    4,0
    Muito bom
    João e Maria: Caçadores de Bruxas

    Pedaços de curtição

    por Roberto Cunha

    Não é de hoje que Hollywood vem visitando os clássicos contos infantis para apresentar uma "nova" versão. Algumas dessas incursões deram certo, outras nem tanto. Felizmente, a novidade que chega agora nos cinemas, João e Maria: Caçadores de Bruxas, pertence ao primeiro time e tem tudo para agradar boa parte do público brasileiro.

    Na história, os irmãos abandonados na floresta pelos pais acabam na "doce" casa de uma bruxa, mas conseguem se livrar da malvada e tornam-se verdadeiros detonadores dessa gente (?) do mal. Tendo como inspiração o clássico dos irmãos Grimm, o desconhecido Tommy Wirkola escreveu e dirigiu o filme sem querer reinventar a roda ou explicar a origem da pólvora. Nessa aventura, pelo contrário, vamos direto ao ponto que é a diversão.

    A dupla matadora é marrenta ("Bruxa boa é bruxa morta"), boa na pancadaria, fala palavrões e usa umas traquitanas bastante estilosas para eliminar os inimigos. Com tiros e sopapos para todos os lados, o sangue jorra em conluio com o deboche, mostrando o leve flerte com os "trash movies", e escancarando as portas para o humor. Além disso, o figurino honesto e os efeitos especiais (incluindo o 3D) funcionam bem. Entre as curiosidades, o espectador mais atento vai encontrar e reconhecer a "doença do açucar". Do elenco, destaca-se a boa química entre Jeremy Renner e Gemma Arterton (como irmãos) e Famke Janssen, como bruxa má, não deixe a varinha, quer dizer, a peteca cair.

    Com uma levada acelerada, o roteiro tem um pequeno mistério a ser revelado, que remete ao conto original. Seu ritmo é bom (tem uma pequena barriga) e conduz os elementos da trama de maneira objetiva para o clímax. Para aqueles que procuram (alguns vivem procurando) motivos para reclamar disso ou daquilo, falhas existem, mas nota-se claramente o compromisso em ser puro entretenimento. Dessa forma, é perfeitamente seguro seguir essa trilha que não é de migalhas de pão e sim de robustos pedaços de curtição.

    Ah! Uma dica: a cena final é bem legal. Se é conto da carochinha ou não, só o tempo dirá, mas que ficou aberta a porta para uma sequência, isso ficou. Aventure-se e diz aí o que você achou. ;)

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