O Grande Gatsby: Crítica AdoroCinema

O que esperar de uma quarta versão para o cinema de um clássico da literatura? Tudo, nada, pouco, muito... O Grande Gatsby 3D vai pegar muito gente de surpresa. Se negativa ou positiva, vai depender exclusivamente de sua abertura para encarar um texto antigo, de F. Scott Fitzgerald, qualidade inquestionável, revisitado e colorido com o melhor da tecnologia atual.

Seu convite para essa viagem visual chega nos primeiros segundos, seguindo por alguns bons minutos, quando o diretor e roteirista Baz Luhrmann faz você embarcar na "loucura" de Nick (Tobey Maguire). Fascinado pelo enigmático vizinho Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), ele conta para você sobre o início dessa curiosa "amizade", que o fez vivenciar incríveis momentos e ainda bancar o cupido para uma trágica história de amor. Isso porque ao penetrar no misterioso mundo de seu anfitrião, descobre a contagiante paixão dele por sua prima Daisy (Carey Mulligan), agora casada. É quando Nick decide promover o reencontro desses dois amantes do passado, ignorando as consequências dessa iniciativa.

Embora a história não seja novidade, é interessante o potencial do roteiro de inebriar o espectador com seus excessos de cores, um breve humor, bom ritmo, 3D e efeitos especiais de qualidade. Marca registrada do cineasta, a trilha sonora estilosa, misturando rap, trompetes, uma Tocata de Bach e ainda um charleston tocado num órgão de igreja, também tem seu charme. Como já aconteceu, guardando as devidas proporções, em Moulin Rouge e é o que acontece também com os aspectos ligados ao figurino, cenários etc.

Equipado com um elenco coeso, Luhrmann coloca você diante de uma produção elaborada com temas pegajosos, como paixão, lealdade e o mais forte de todos, um amor proibido e a inexorável vontade de vivê-lo. Mágica como os amores adolescentes, não será difícil entrar de cabeça nessa jornada (muito longa) e hipercolorida. Cheia de simbolismos, destaque para um insistente outdoor com olhos e óculos, alusivo a verdade que você precisa ver. Portanto, resta a você abrir os seus e se deixar, ou não, capturar pela grandiosidade de Gatsby. ;)